sábado, 5 de abril de 2014

Joaquim Gonçalves Ledo

Joaquim Gonçalves Ledo (Rio de Janeiro, 11 de agosto de 1781 - Fazenda de Macacu, Sumidouro, 19 de maio de 1847) foi um político e jornalista brasileiro.
Editor do Revérbero Constitucional Fluminense, jornal lançado por ele e por Januário da Cunha Barbosa a 15 de setembro de 1821, Ledo foi um dos promotores do "Dia do Fico" (9 de janeiro de 1822). No jornal, combatiam os interesses dinásticos portugueses e reivindicavam a constituição de um governo liberal.
Ledo foi deputado provincial do Rio de Janeiro até 1835, quando abandonou a política e a maçonaria para recolher-se em Sumidouro, onde morreria, em sua fazenda, de ataque cardíaco.
Foi ferrenho adversário de José Bonifácio de Andrada e Silva tanto na maçonaria quanto na política.
Ledo era muito modesto, não gostava de aparecer, trabalhava por seus ideais por amor e não por ambicionar cargos, títulos ou honrarias de qualquer espécie. Neste sentido, existem rumores de que ele tenha incinerado seu arquivo de documentos relacionados a sua participação na independência do Brasil. Mesmo assim, a história mostrou a grande importância de Joaquim Gonçalves Ledo na independência do Brasil e, há quem diga, que Ledo foi o grande articulador da independência do país.
Em certa ocasião, antes da independência, dirigiu-se ao príncipe, com as seguintes palavras:
"A natureza não formou satélites maiores que os seus planetas. A América deve pertencer à América, a Europa à Europa, porque não debalde o Grande Arquiteto do Universo meteu entre elas o espaço imenso que as separa. O momento para estabelecer-se um perdurável sistema, e ligar todas as partes do nosso grande todo, é este.

Joaquim Gonçalves Ledo na Maçonaria

Trabalhou pela reinstalação da Loja "Comércio e Artes", em 1821. Foi um dos fundadores do Grande Oriente do Brasil, em 1822, ocupando o cargo de 1° Grande Vigilante. 
Foi, também, sob a sua influência que o Grão-Mestrado do Grande Oriente, no final de setembro, foi entregue a D. Pedro. Graças à rivalidade de seu grupo com o de José Bonifácio, foi processado por este, então ministro de Estado, a 30 de outubro de 1822, após o fechamento do Grande Oriente, tendo que fugir, para não ser preso e deportado, como Januário, Clemente e Alves Branco. Com a queda dos Andradas, em julho de 1823, ele voltou ao Brasil, assumindo a cadeira de deputado, para a qual tinha sido eleito em 1822. Viria, ainda, a participar da reinstalação do Grande Oriente (1831/1832). Permaneceu na Câmara até 1834, afastando-se, depois, de tudo, e vindo a falecer a 19 de maio de 1847.

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